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“Porto Sentido”: Pintar até ao sucesso

Isabel Coelho e Ana Soares, amigas e designers, passaram das ideias para o papel e criaram a marca Illustrart. Um convite para a participação nas Feiras Franças, em março do ano passado, fez nascer a coleção “Porto Sentido”, que transformou os pregões portuenses em pinturas manuais em t-shirts, blocos e vasos. Do ateliê nas traseiras da lojinha “Retrato o que Vejo” para o merchandising de Braga 2012 Capital Europeia da Juventude (CEJ), foi um pulo. Fiéis à tradição, Ana e Isabel continuam a fazer o seu trabalho manual, mas prometem ir muito mais longe.

Publicado aqui a  17 de abril de 2012.

 

 

“Passos Coelho recebido com apupos e protestos na UP”

Pedro Passos Coelho veio ao Porto, em dia de greve geral, para tomar parte nas comemorações de encerramento do centenário da Universidade do Porto. Na praça dos Leões, onde o primeiro-ministro chegou por volta das quatro horas, reuniram-se centenas de manifestantes com palavras e cartazes de protesto contra as medidas de direita do atual governo.

Publicado aqui a 23 de março de 2012.

A Archivo Zine é uma homenagem à fotografia documental

A Archivo Zine é uma revista online de fotografia e é a primeira iniciativa do Archivo, um grupo de fotografia documental que quer levar o trabalho de novos fotógrafos portugueses aos quatro cantos do mundo.

A Archivo Zine é uma homenagem à fotografia documentalAna Catarina Pinho tem 28 anos e recusou-se a alinhar na crise que atinge o mercado da fotografia. Fotógrafa documental e amante da área, fez do Archivo o seu projeto pessoal. “Existe uma falha enorme de fotografia documental a nível nacional e é uma área muito difícil para quem quer começar agora”, diz. O Archivo é não só um grupo de fotografia documental que discute esta área, mas uma plataforma para mostrar o trabalho tanto de fotógrafos com uma carreira reconhecida, como o de fotógrafos emergentes.

A Archivo Zine é a primeira iniciativa deste projeto e é dirigida a quem pretende “estar a par dos trabalhos que são feitos na fotografia contemporânea”. Lançada este mês, é uma publicação online, temática e trimestral da área da fotografia documental, estando a edição a cargo de Ana. Com ela colaboram um editor convidado para cada edição e vários fotógrafos internacionais, do Japão à Polónia, que ajudam, essencialmente, na “divulgação internacional”.

Aos fotógrafos emergentes que quiserem ver o seu trabalho publicado basta enviar um portefólio relacionado com a temática escolhida para os contactos indicados no site do Archivo. Estes portefólios serão posteriormente avaliados por um júri composto por fotógrafos ligados à temática e esta seleção promete “projetos inovadores e ambiciosos” e parece já ter começado a dar frutos.

Archivo Zine com mais impacto no estrangeiro

Na primeira edição da publicação, o tema escolhido é a “Found Photography”, um género que se baseia na recuperação e exposição de fotografias perdidas, não-reclamadas ou descartadas, e que “funciona como um tributo à fotografia”. Joachim Schmid – considerado pioneiro deste género – é um dos colaboradores desta edição, assim como Mark Duren – uma referência internacional na história e teoria da fotografia contemporânea.

Apesar da oportunidade para os fotógrafos emergentes, ainda não houve grande adesão por parte do público português, principalmente quando comparada com o impacto que teve a nível internacional. “As candidaturas portuguesas estão sempre em minoria”, afirma Ana Catarina. Por outro lado, o site já teve acessos consideráveis oriundos dos Estados Unidos e de países da Europa de Leste.

A edição de janeiro, fevereiro e março já está disponível no site para leitura, mas não pode ser descarregada. A ideia de Ana Catarina Pinho é, no final de cada ano, compilar num pequeno livro os projetos publicados digitalmente na revista. Este livro terá um custo mínimo, uma vez que “o Archivo é um grupo independente e até agora não tem financiamento, pelo que é preciso cobrir os custos”, explica Ana Catarina.

Além da Archivo Zine, Ana Catarina está a preparar uma mostra de cinema relacionado com a fotografia. O evento Archivo in Motion vai realizar-se de 19 a 22 de setembro, no Breyner 85, e brevemente será fixado o preço de entrada. Além da exposição e dos filmes, englobará um workshop para fotógrafos.

Publicado aqui a 29 de março de 2012.

Cultura: Arte de “difícil digestão” para ilustrar o riot moderno

“Made in Riot” são retratos, ilustrações e composições de 21 artistas, que vão invadir o Plano B durante as próximas três semanas, de 23 de março a 5 de abril. Tudo estampado em t-shirts em tamanho de homem, mas sem perder o toque feminino.

Cultura: Arte de "difícil digestão" para ilustrar o riot modernoCom uma “seleção de magníficos” e uma “ideia cozinhada à pressa” surgiu a “Made in Riot”, a exposição de comemoração da 8.ª edição da GRRRL Riot, a festa feminina mais popular do Plano B.

O projeto começou com 20 artistas femininas, mesmo ao jeito do movimento, mas Mr. Phomer juntou-se à festa, com algumas influências. Da miscelânea surgiram 20 t-shirts estampadas com 20 “trabalhos incríveis” que se basearam na “apropriação de um cunho antigo para, de repente, transformá-lo numa imagem do riot em 2012”, diz Rita Roque, da organização. “O trabalho destes artistas tem uma mensagem inacreditável por trás”, garante.

Não é para menos. Desde uma playlist que evoca um movimento quente, a uma ilustração irónica ou a uma construção neo-barroca, “nesta exposição não há trabalhos que se confundam”. Mas Rita não tem dúvidas quanto ao seu trabalho de eleição: “Masturbação”, de Estefânia Rodrigues de Almeida. Poderia ser pela “imagem fortíssima” ou por achar que é quase “uma bandeira de todos os trabalhos”, mas é essencialmente “pela relação do trabalho com quem o fez”, diz.

“A Estefânia é uma das joalheiras mais bem cotadas do nosso planeta, tem as maiores galerias de arte e joalharia no Porto e, de repente, apresenta-me um trabalho de fotografia que é um auto-retrato dela, completamente despida e arrojada”, explica Rita.

Mas as surpresas não ficam por aqui. Rita diz que “cada um tem uma identidade tão forte que vai ser uma exposição de difícil digestão” em que cada trabalho exige não só um olhar mas uma perceção muito atenta. Agora, é ver para crer.

As 20 t-shirts, enquanto expostas, poderão ser adquiridas pelo valor de 30 euros. Depois de 5 de abril, serão selecionadas 5 t-shirts que se tornarão merchandising oficial da festa GRRRL Riot. Estes 5 modelos têm o preço de 15 euros e funcionarão como um livre passe de entrada gratuita em todas as festas seguintes, para quem as adquirir. Basicamente, esta exposição “ajuda a construir a identidade da festa”, explica Rita Roque.

“O Porto é de uma efervescência artística incrível”

A GRRRL Riot é a noite por excelência das mulheres, no Plano B, e dura há pouco mais de um ano. Já na 8.ª edição, inspirou-se no movimento “Riot Grrrl” dos anos 90 – o protesto das mulheres contra o machismo através da música. Mas a GRRRL Riot “pode ter tudo e nada a ver com o riot grrrrl”, explica Rita.

De uma coisa não há dúvidas: em dia de GRRRL Riot, eles até podem entrar, mas são elas a mandar na mesa e na pista. “A verdade é que temos grandes DJ femininas no Porto e o Riot foi uma rampa de lançamento para muitas delas”, conta.

As artistas presentes na exposição são exemplo disso. “Muitas delas já passaram música em festas anteriores, já sabem o que a casa gasta”, diz. Entre os artistas convidados temos nomes como Joana Santamans, Mariana – a Miserável, Francisca Paiva, Aurora Moreno Pavón, Inês Melo, aframboesa, entre outros. Luísa Cativo e Tânia Pena fazem parte da extensa lista e, enquanto Wanderlust, vão dar música logo à noite.

Publicada aqui a 23 de março de 2012.

Música: Queremos mais ALTO!

Música: Queremos mais ALTO!A banda barcelense lançou o primeiro álbum homónimo em fevereiro e, desde aí, tem andado nas bocas do mundo. O JPN sentou-se à conversa com o vocalista e o baixista na rua da Picaria, no Porto, para relaxar, recordar momentos e imaginar o futuro.

A viagem de ALTO! começa em Paris, passa de comboio em Praga e acaba em Cracóvia, mas não sem antes dar um pulinho ao Porto. Na Invicta, João Pimenta deslumbrou-se com a rua da Picaria, entre o café Candelabro e um restaurante turco.

Mas mais deslumbrante do que a rua era a mulher que lá vivia, com quem teve “histórias bonitas e feias” que culminaram num som em que não são necessárias palavras. “Picaria é o que alguém poderia ouvir na varanda de casa a fumar um cigarro, com um teclado a ser tocado no quarto ao lado”, explica João.

A rua da Picaria” é a nona faixa do novo álbum da banda barcelense ALTO!, formada por elementos dos Black Bombaim e Green Machine: João Pimenta (voz), Bruno Costa (guitarra/voz), Ricardo Miranda (guitarra/teclados), Tiago Silva (baixo/voz) e Paulo Senra (bateria). Mas apesar de ser a única música instrumental, não é a única que conta uma história. O álbum homónimo do grupo formado em 2008 é composto por dez músicas referentes a cidades europeias distintas, que contam histórias de vida e das viagens do vocalista João Pimenta, no alto dos seus 20 anos.

João e o chuveiro

Passados dez anos, Tiago Silva e João Pimenta – um aluno e outro ex-aluno de História na Faculdade de Letras da Universidade do Porto – falam do álbum que demorou três anos a nascer mas que já é o menino dos seus olhos.

Editado pela Lovers&Lollypops, ALTO! “está a ser muito bem recebido”, diz João. Chalk Farm, a energética história de Londres é a faixa de eleição de Tiago, enquanto João prefere a psicadélica Garaplina, que pode ser uma rampa de lançamento para um futuro diferente.

O que ninguém sabe é que além deste álbum ter sido feito em três dias e não ter qualquer pós-produção, a voz de João percorreu os estúdios da Sá da Bandeira de alto a baixo – desde o vão da escada ao chuveiro. Sim, o chuveiro. João diz que “podia estar muito mais à vontade” e com os pés cheios de gel de banho “porque podia sair um som engraçado”. É esta a personalidade dos ALTO! – a loucura e o imprevisto – que pretendem agora espelhar num álbum por ano e que tanto os caracteriza ao vivo.

ALTO! são “90% de trabalho e 10% de inspiração”

Os ALTO! começaram no “bunker”, o nome carinhoso a que dão à garagem com dez metros quadrados forrada a esferovite, debaixo de um café de Barcelos. Agora é o estúdio por excelência, “o epicentro da cena de Barcelos”, conta João. Com um EP na bagagem, “See you in Hell, Ron” – em homenagem ao Ron Asheton, dos The Stooges – partiram em 2009 para uma tour em Espanha que se tornou numa autêntica aventura.

“Em Rayen tocámos para quatro ou cinco pessoas e duas delas eram os gajos do bar”, recorda Tiago. “Aí tens mesmo de dar o melhor concerto de sempre, até porque se essas pessoas forem embora, ficas a tocar para quem? Mas demos um concerto do caraças, as quatro pessoas compraram quatro cds e foi um momento muito importante para a carreira dos ALTO!”, diz João.

Foi de Espanha que trouxeram, também, o segundo EP: “Computer Says No!“, que foi todo gravado em analógico, no Circo Perrotti em Gijón, com material de 1967. “O tipo é mesmo um purista, lá não entra nada digital. Gravámos com um microfone de bateria que o Ringo Star usou em dois discos dos Beattles”, conta Tiago. Desde aí é concertos frequentes e cozinhar na estrada. “Nós costumamos cozinhar em sítios cénicos. Levamos um camping gás e aqui o Tiago é o chefe”, conta João. E a ementa vai da bolonhesa ao arroz solto, seja no Castelo Medieval de Penafiel ou no Cromeleque dos Almendres, em Évora.

Quanto ao público português, os dois músicos não têm dúvidas: é muito mais exigente com as bandas nacionais. “É preciso seres três ou quatro vezes melhor do que uma banda estrangeira para que o público português diga: ‘Ah, isto nem parece português!’ Quando dizem isto quer dizer que acabaram de aceitar a banda como uma banda boa”, explica João. Diz ainda que se os ALTO! fossem de Lisboa, tinham tido muito mais oportunidades até agora, mas é no norte que estão os palcos de sonho. Entre os festivais, elegem o Paredes de Coura, em salas fechadas é sem dúvida o Hard Club, onde contam chegar já este ano.

Publicado aqui a 23 de março de 2012.

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